REALIDADE INVENTADA

"Nao quero ter a terrivel limitacao de quem vive apenas do que e passivel de fazer sentido. Eu nao: eu quero uma realidade inventada."

Clarice Lispector




domingo, 28 de novembro de 2010

Bla bla bla bla eu te amo...



Antes de conhecer o namorido, eu nunca tinha morado com nenhum namorado. E embora todo mundo me falasse que morar junto nao e facil, eu era do tipo arrogante ingenuo que pensava isso era conversa, e que comigo seria diferente.. Pois e.. Eu nao estava nem de longe preparada pro tanto de briguinhas idiotas que voce acaba tendo ao dividir a casa (e a vida) com alguem.

Eu e namorido passamos meeeeeeses sem ter nem uma discussao seria, gastando cada minuto que podiamos fazendo tudo juntos, vendo TV juntos, indo no mercado juntos, ate escovando os dentes juntos, no maior love. Ate que chegou uma hora em que fazer tudo, mas tudo, mas tuuuuudo junto o tempo todo comecou a fazer a gente se irritar. So que nenhum dos dois queria ser o primeiro a admitir isso. E foi ai que comecaram as briguinhas.

Briguinhas pra decidir o que ia ter de janta ou o que iamos assistir (futebol DE NOVO x meu gosto duvidoso por reality shows). Pra decidir de quem era a vez de ir no mercado (ja estava inverno e ninguem queria ir mais) ou quem esqueceu de pagar a conta de luz (ELE, obvio!).

Finalmente acabamos percebendo que pra gente morar junto direito, iamos ter que aprender a ter nosso tempo separado tambem. Que eu sentia falta de passar o dia inteiro batendo perna com minhas amigas e parando em milhares de lojas pra ver as novidades. E que ele precisava de um tempo com os amigos pra beber cerveja e jogar video-game. E que isso nao queria dizer que a gente se amava menos, nem queria estar menos juntos.

No fim, so ganhamos com essas mudancas. Aprendi que nao tem nada mais gostoso que chegar de um passeio e ser recebida em casa por um abraco cheio de saudade. Ou ouvir namorido dizer, depois de uma noite fora com os amigos, que ele nao via a hora de voltar pra casa pra ficar comigo. De vez em quando ainda temos nossos quebra-quebras (afinal de contas, fazer as pazes tambem e bom ne..), mas a verdade e que nao importa todo esse bla bla bla, no fim das contas a gente se ama!

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