REALIDADE INVENTADA

"Nao quero ter a terrivel limitacao de quem vive apenas do que e passivel de fazer sentido. Eu nao: eu quero uma realidade inventada."

Clarice Lispector




sexta-feira, 15 de julho de 2011

Pra falar do meu acento.

Eu sempre achei mega cafona quem passa 2 minutos no exterior e comeca a fingir que nao sabe mais falar portugues. Gente que sobrevoa Miami e ja desembarca falando girias em ingles e "esquecendo" como se diz alguma coisa.

Mas sou obrigada a admitir, ando numa fase esquisita em que meu cerebro parece que esta com preguica de traduzir as coisas da maneira certa, e decidiu que pra mudar palavras do ingles para o portugues, eh so "aportuguesar " o sotaque (ou o acento, como ja disse algumas vezes, pensando na versao em ingles da palavra, accent). O contrario tambem funciona, e se nao sei a versao em ingles da palavra em portugues, eh so botar um "ation" no final e esta valendo.

No trabalho, principalmente, onde fico pensando em ingles para escrever 90% do tempo, vira e mexe dou bola fora quando o e-mail eh pra uma pessoa brasileira. Reembolso (refund) vira refundo. Anexo (attachment) vira atacho. E por ai vai. Depois checo o corretor ortografico (habito que desenvolvi depois de uma vida inteira de bolas foras), e fico com vergonha de mim mesma. E ai depois de ficar com vergonha pelo que fiz e ninguem viu, venho aqui e conto pra todo mundo. Vai entender...

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